Dados muito bons, e então?
A grande questão que surge com frequência para muitas equipes é: qual caminho ou estratégia seguir com base em todos os dados?
E daí, ou o clássico "e daí", é a pergunta típica quando se fala com gerentes de comércio eletrônico sobre dados de clientes e análise preditiva.
O que eu faço com todos esses dados agora?
Independentemente do tamanho, do setor ou do nível de sofisticação da empresa, observamos que, em uma grande porcentagem das lojas de comércio eletrônico, há situações relacionadas a dados que precisam ser resolvidas:
- Mais de 65% da receita mensal vem de clientes com uma ÚNICA compra.
- 80% ou mais de sua base de clientes está INATIVA
- O custo de aquisição não é identificado e, se for, o valor vitalício do cliente não está claro.
- Suas campanhas de mala direta, SMS, push ou Whatsapp têm menos de 4% de taxa de conversão.
Agora vem o E daí: seu negócio, por mais que cresça, não funciona como deveria e não é tão lucrativo quanto deveria. Em verticais como consumo de massa, moda ou beleza, sua receita deve ser de 60% a 70% de compras recorrentes mês a mês.
Isso significa que, mês a mês, apenas 30 ou até 40% da receita da empresa virá de clientes adquiridos.
Por que continuamos a gastar em compras e publicidade sem motivo, se 80% dos clientes que adquirimos não estão comprando de nós? Esse não é um dos principais ativos e tesouros dos negócios?
Agora outro fato: reter um cliente custa menos de 20% em investimento e tem uma taxa de conversão 55% maior do que adquirir um novo cliente.
Então, o que devemos fazer com todos esses dados?
Aumentar a recorrência de compras:
Diminuir a janela de pedido a pedido e aumentar o número de pedidos por cliente. Concentre-se em todos os clientes que estão se aproximando da janela ideal de dias de recompra, analise suas características e envie comunicações personalizadas para tornar essa janela e a recompra mais eficientes.
Reativar clientes inativos:
De todos os milhares de clientes inativos que tenho, como posso segmentá-los de acordo com quem reativar?
Podemos criar um público dos 10% principais clientes com o maior LTV.
Vamos imaginar que temos 10.000 clientes inativos.
Vamos nos concentrar em 1.000 deles. Desse número, escolheremos os 500 com a menor recência (inativos por menos tempo).
Nós analisamos:
- O que eles compraram
- Quando
- Quais produtos convertem melhor
- Quais categorias de produtos
- Em que horas do dia eles compravam
- Quais descontos geraram o maior número de transações para eles
Esse tipo de campanha orientada por dados geralmente atinge uma taxa de conversão de 20%. Vamos imaginar que temos um tíquete médio de 100 dólares e que, a cada mês que o executamos seguindo essas etapas, geramos somente para aquele mês uma receita de 100.000 dólares, de clientes que tínhamos em nossa base e não fizemos nada com eles.
Identificar quem são meus clientes ideais:
Do que estamos falando?
Entender como é formado o cliente ideal da minha marca:
- Quantos pedidos de compra?
- Com que frequência?
- Onde eles moram?
- Qual produto eles compram em sua primeira compra, qual na segunda e qual na terceira?
- Quais são as categorias que mais os emocionam?
- Qual é o seu LTV?
- Como eles pagam? Que método de pagamento eles preferem?
Isso nos permite criar um perfil de cliente ideal, que, com públicos semelhantes, podemos encontrar mais como eles e que o LTV/CAC de que falamos anteriormente seja favorável.
Converta clientes de uma única compra em clientes recorrentes:
A primeira coisa que devemos fazer é entender qual foi o caminho percorrido por outros clientes recorrentes, qual foi o caminho de compra que os levou a se tornarem clientes recorrentes, em que momentos e quais atributos esses pedidos tinham.
Em seguida, concentre-se em gerar campanhas personalizadas para fazer com que esses clientes de compra única comprem o próximo produto ideal.
Aqui, passamos do cliente para o produto e analisamos qual produto é a combinação ideal com o momento ou estágio da compra, com as características do cliente e nos permite ter uma oferta ideal no momento ideal.
A crença é sempre a de que a maneira de obter sucesso nas vendas é por meio de ADS (Meta, Google, Tiktok), quando, na realidade, os dados de terceiros e primários das empresas são o maior banco de vendas que elas têm depois de estabelecidas.